Com 93% dos atendimentos dedicados para o SUS, Santa Casa Rondonópolis vivencia um exponencial avanço em sua governança

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Com 93% dos atendimentos dedicados para o SUS, Santa Casa Rondonópolis vivencia um exponencial avanço em sua governança

Desde 1971, a Santa Casa Rondonópolis tem atuado na saúde do estado do Mato Grosso e, nos últimos anos, se destaca por ter 93% de seus atendimentos para pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS.

Na última década, o hospital passou por uma grave crise financeira.

Com uma dívida superior a R$ 40 milhões e um parque tecnológico obsoleto, a instituição esteve próxima de fechar as portas, mas uma mudança na gestão impediu isso.

Diante da crise, Bianca Talita Santos Franco foi convidada para prestar serviços de consultoria a fim de sanar os problemas.

Na época, foi realizado um estudo de reestruturação da instituição que, segundo Bianca, foi abraçado por muitos políticos, empresas, pelo poder público, judiciário, Ministério Público e sociedade.

Bianca Talita Santos Franco

“Foi um trabalho de muita luta e suor, mas que estamos começando a colher os frutos agora”, comenta Bianca Talita que, hoje, ocupa o cargo de diretora executiva da Santa Casa.

Desde então, a Santa Casa venceu as adversidades e, hoje, é um modelo de gestão a ser seguido.

“Deixamos de falar de falência e estamos caminhando para o processo de reestruturação do SUS no estado do Mato Grosso, porque queremos mostrar que é possível administrar o SUS de forma humanizada”, comenta Bianca Talita.

Para a diretora, apesar dos expressivos resultados obtidos em sua gestão, ainda há muito trabalho pela frente.

“Quando eu cheguei à Santa Casa, a dívida era de mais de R$ 40 milhões. Hoje, temos uma situação boa, mas que podemos melhorar. Para isso, estamos em busca de ampliar nossas parcerias”.

A diretora executiva ressalta o quão é importante a parceria com os governos.

“Hoje, nós temos um grande contato e uma grande abertura com o governo estadual. Com essa nossa boa relação, por exemplo, conseguimos propor uma renegociação do contrato, possibilitando que 80% dos recursos sejam pagos no mês de competência, enquanto o restante aguarda o processo de auditoria. Essas medidas visam agilizar o processo e garantir um fluxo de caixa mais estável para a instituição”.

Tecnologia na Santa Casa Rondonópolis

Com a nova administração, muitas áreas da Santa Casa começaram a receber um novo olhar quanto ao investimento em tecnologias. Isso porque a infraestrutura e a tecnologia estavam ultrapassadas e precisavam de melhorias.

“As pessoas dizem que o nosso hospital está sempre em reforma. E será assim durante um bom tempo. Hoje, a nossa infraestrutura melhorou muito e estamos investindo em tecnologia de ponta”.

De acordo com Lauro Ricardo, gestor de tecnologia da Santa Casa Rondonópolis, a instituição investiu cerca de R$ 3 milhões doados pela sociedade, conseguindo, assim, manter cerca de 450 computadores.

Além disso, com as novas soluções digitais adotadas, o hospital consegue quantificar e auxiliar prefeituras e o governo estadual a obter números importantes para repasse de verba e ações.

“A nossa tecnologia permite quantificar, por exemplo, o tempo médio de atendimento. Com os nossos dados, conseguimos auxiliar o poder público a entender o que a população precisa e como ela deve ser atendida”, explica Lauro Ricardo.

Para o diretor técnico, Dr Luciano Augusto de Oliveira, a atual gestão da Santa Casa conseguiu aumentar a tecnologia de alta complexidade, tornando assim o hospital uma referência em cirurgias cardíacas no estado do Mato Grosso.

“Nesses últimos anos, graças ao agronegócio, houve uma grande evolução em nossa tecnologia. Isso nos permitiu ser referência no estado em alta complexidade de cirurgia cardiovascular”.

Dr. Luciano Augusto lembra ainda sobre como a Santa Casa percebeu a necessidade de alta complexidade para o paciente do SUS no Mato Grosso.

“Nossa direção percebeu que no sul do estado não havia nenhum hospital de alta complexidade para o paciente do SUS e, nesse sentido, nos tornamos o primeiro e um dos poucos da região”.

Humanização

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A Santa Casa Rondonópolis se destaca por caminhar na contramão desse cenário.“93% dos atendimentos são para pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS. Nós não admitimos demora no atendimento aos nossos pacientes. Nosso tempo de espera é de no máximo 30 minutos”.

Para Lauro Ricardo, a agilidade no atendimento, bem como a melhor resolutividade, são diferenciais da Santa Casa.

“Nós temos uma preocupação muito grande com o paciente. Queremos que ele venha, seja bem atendido e não volte. E se ele voltar, que seja sempre bem assistido com excelência e que se sinta bem aqui dentro”.

Segundo a gerente assistencial, Luciara Andrea Machado, a Santa Casa Rondonópolis é uma instituição que busca a humanização para todos.

“O hospital abraça a todos. Quando um paciente vem para ser atendido, nós acolhemos não só ele, mas toda a família que vem junto. Isso é a nossa cultura de humanizar ao máximo a experiência não só do paciente, mas de todos que pisam aqui no hospital”.

Para a vereadora de Rondonópolis e membro da comissão de Saúde do município, Marildes Ferreira, esse cuidado é visto em todos os setores, mas vale destacar a maternidade.

“O hospital acolhe as mulheres grávidas de uma forma linda e importante. O tratamento dado às mamães, aos bebês e à família é diferenciado. Em alguns casos, por exemplo, em que a criança fica internada durante três meses é preciso pensar no acolhimento dos familiares. Temos que cuidar dessas pessoas que acabam tendo o hospital como uma extensão de seu lar e a Santa Casa Rondonópolis consegue fazer isso.”

Gestão de Qualidade na Santa Casa Rondonópolis

As boas práticas investidas na Santa Casa Rondonópolis já trouxeram bons resultados para a instituição.

Neste ano, por exemplo, a Santa Casa atingiu nível máximo de excelência com alta adesão às práticas de segurança do paciente.

A instituição faz parte dos 1.235 hospitais do Brasil avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Dos 14 hospitais participantes de Mato Grosso, somente a Santa Casa Rondonópolis e mais dois hospitais atingiram 100% de conformidade com os critérios estabelecidos pela ANVISA.

O “Relatório da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – 2022” avaliou os serviços de saúde com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no país.

O processo de avaliação das práticas de segurança do paciente considerou as ações e estratégias das instituições de saúde do país, voltadas a promoção da qualidade assistencial e segurança do paciente, visando a gestão de riscos e a melhoria dos serviços de saúde.

A titulação soma a outras acreditações de nível nacional da instituição.

“Resultados como este só podem ser alcançados com a integração entre a assistência e o Núcleo de Segurança do Paciente do hospital. Uma gestão que pensa em criar estratégias e mecanismos para dar ainda mais segurança ao Paciente”, destaca Bianca Talita.

Santa Casa Rondonópolis é orgulho da cidade

O trabalho realizado pelo hospital é motivo de orgulho para a cidade.

“Eu vi surgir a Santa Casa. Ver onde ela chegou hoje é motivo de muita alegria. É gratificante conversar com as pessoas de Rondonópolis e perceber o quanto eles são bem acolhidos pela nossa equipe”, afirma a conselheira da Santa Casa, Deise Pimentel Lopes. Para a conselheira da Santa Casa, Iracema Dinardi Peixoto, o hospital é patrimônio da cidade.

“Eu tenho a Santa Casa como a extensão da minha família. Uma vez falaram que a UTI neonatal seria fechada. Eu organizei uma passeata na cidade em protesto a essa medida e conseguimos reverter”.

Planos futuros

Para os próximos anos, a Santa Casa Rondonópolis tem algumas missões.

“Estamos nos preparando para ser um centro de pesquisa de referência no estado de Mato Grosso e na região do Centro-Oeste do Brasil. Acreditamos que esses esforços contribuirão significativamente para o avanço da saúde e do conhecimento médico em nossa região”, ressalta Bianca Talita.

Outro plano para o futuro da Santa Casa é ser um hospital totalmente de alta complexidade.

Conforme Bianca Talita explica, isso envolve não apenas expandir a capacidade de atendimento em termos de procedimentos médicos complexos, como transplantes e cirurgias robóticas, mas desempenhar um papel ativo na reestruturação e fortalecimento de hospitais de menor porte na região sul.

Na busca por ser um exemplo para o setor da filantropia na saúde, Bianca Talita é enfática sobre onde quer chegar com o serviço realizado na Santa Casa Rondonópolis.

“Nós queremos dar mais orgulho ao cidadão, queremos mostrar que é possível sim atender pacientes do SUS com dignidade e respeito e já fazemos isso”.

Bianca Talita ainda projeta uma grande conquista para a Santa Casa Rondonópolis para os próximos anos.

“Em breve queremos atender 100% dos pacientes SUS.”

 

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